Os trabalhos para geolocalizar propriedades rurais vem sendo intensificado na Bahia. Na última semana, servidores de 17 escritórios da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) localizados no Território do Sisal receberam treinamento para a atividade. No mesmo período, entidades do segmento foram mobilizadas para ampliar o percentual da região, atualmente com 49,4%. Em todo o estado são 387.710 propriedades com criação de animais cadastradas no Serviço Veterinário Oficial, considerando todas as espécies: bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos, equinos, asininos, muares, aves, abelhas, peixes e camarões.

“Para que a Bahia esteja apta a suspender a vacinação contra Febre Aftosa é necessário geolocalizar 180.976 propriedades em todo o Estado, ou seja, alcançar 70% de unidades rurais corretamente cadastradas em nosso sistema de defesa agropecuária”, informa o diretor de Defesa Sanitária Animal, Carlos Augusto Spínola. “Tudo isso porque a geolocalização das propriedades na vigilância veterinária é uma ferramenta cadastral de base para os controles sanitários, análises epidemiológicas e atenção a situações de emergência sanitária”, enfatiza o diretor.

Somente no Território do Sisal, em apenas uma semana, foram realizadas 11 reuniões, envolvendo 18 instituições públicas e privadas. “Essa região é a que apresenta o maior número de propriedades com criação de animais cadastradas na Bahia, totalizando 34.331 propriedades”, acrescenta o coordenador da atividade e fiscal estadual agropecuário da Adab, Antônio Maia, lembrando que atualmente o Estado tem 53% de unidades rurais cadastradas conforme a exigência do Ministério da Agricultura.

A pecuária baiana tem um perfil peculiar, sendo composta por 50% de agricultores familiares, o que torna a atividade da geolocalização de propriedades um desafio para a defesa agropecuária. “Mas com a participação dos produtores, de suas organizações representativas e das entidades de assistência técnica, extensão rural e de desenvolvimento e apoio à agricultura familiar, a Bahia pode vencer essa tarefa”, diz Maia.

As reuniões no Território do Sisal contaram com a participação da Fundação de Apoio aos Trabalhadores Rurais da Região do Sisal (Fatres), Movimento de Organização Comunitária (Moc), Associação Comunitária de Produção e Comercialização do Sisal (Apaeb) além da CAR e de sindicatos de trabalhadores rurais do Território e Secretarias Municipais de Agricultura.