Com o objetivo de aprimorar o mapeamento da cultura do cacau e do cupuaçu no Estado, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e a Associação Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia (PCTSul) assinam hoje (21) um acordo de cooperação técnica, incrementando as ações de defesa sanitária vegetal, pesquisa e desenvolvimento. A partir da base de dados disponível na Agência, as instituições poderão avaliar a funcionalidade e consistência das informações geradas em campo, sistematizar as possibilidades e necessidades para utilização dos dados sobre o cultivo do cacau e do cupuaçu e fomentar a produção de mapas sínteses da atividade.
A cultura do cacau tem importância histórica e econômica para todo o país. Em 2021, o Brasil foi classificado como o sexto maior produtor mundial de cacau, com 310 mil toneladas, no valor de R$ 4,92 bilhões e o quinto maior consumidor mundial de chocolate. De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 70,3% da área desta cultura é desenvolvida na Bahia, totalizando 420,1 mil ha e norte do Espírito Santo, com 16,3 mil h.
“Diante desse cenário, é fundamental trabalhar fortemente no cadastro e registros das propriedades rurais, suas culturas, bem como na geolocalização desses estabelecimentos que constituem um dos pilares da defesa sanitária vegetal”, enfatizou o diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, durante a cerimônia de formalização do Acordo. Para ele, a agricultura é um importante vetor de desenvolvimento econômico baiano, gerando emprego, renda e segurança alimentar para milhões de pessoas. “Porém, a presença de pragas representa um risco constante à produção agrícola, podendo causar perdas significativas e comprometer a competitividade do setor”, acrescentou.
Nesse contexto, segundo o diretor de Defesa Vegetal, Vinícios Videira, a defesa sanitária vegetal é capaz de proteger a saúde das plantas e promover a sustentabilidade da agricultura. “Daí a união de esforços entre a Adab, outros órgãos e a sociedade civil organizada, sendo crucial para fortalecer a defesa sanitária vegetal em todo o estado, especialmente, para as culturas com ameaça de pragas quarentenárias, como citros, banana e cacau”, destacou o diretor, salientando que o ferramental disponível com imagens de satélites, possibilita ainda mais eficiência e eficácia nas ações de defesa. “E, exatamente por isso, a troca de informações entre as instituições vai possibilitar um impulsionamento das atividades em prol da lavoura cacaueira em toda a Bahia”, finalizou Videira.
Estiveram presentes na assinatura do Acordo, Antônio Zózimo de Matos Costa, representando o Ministério da Agricultura (MAPA/SFA-BA), Cristiano Villela, secretário Executivo do PCTsul, Isabel Gonçalves e Felipe Humberto, coordenadores institucionais do Observatório Social (PCTSul), além de Gil Reuss, coordenador técnico do Observatório Social e Deborah Faria, coordenadora do Laboratório de Ecologia Aplicada à Conservação/UESC. Pela Adab, participaram Rodrigo Haun, gerente Vegetal do Território Litoral Sul, Fabiano Massimo, engenheiro agrônomo e fiscal estadual agropecuário da Adab e Catarina Mattos Sobrinho, coordenadora do Projeto de Prevenção à Monilíase da autarquia.
Ascom Adab 21.06.24
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