Bahia dará início a nova fase de atualização das explorações pecuárias

A atualização cadastral de todo o rebanho bovino do Estado da Bahia terá início nesta sexta-feira (1º) e se estenderá até o próximo dia 15 de dezembro. A medida, determinada pela Portaria 678 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é obrigatória para manter o status de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação.

A Bahia, como região livre da doença, exige o cadastramento sistemático e compulsório de todo o rebanho bovino, bubalino e de espécies como ovinos, caprinos e suínos, além de abelhas e peixes. O objetivo é garantir a rastreabilidade dos animais e o controle sanitário da produção pecuária.

Para atualizar o cadastro, o criador deve acessar o site da Adab (www.adaba.ba.gov.br) ou comparecer a um dos 392 escritórios espalhados por todo o estado.

O produtor que não realizar o cadastro sofrerá medidas administrativas como o bloqueio da propriedade para o trânsito de animais.

O rebanho bovino baiano alcançou a marca de 13,1 milhões de cabeças, consolidando o estado como líder absoluto no Nordeste e sétimo maior produtor do Brasil.

Adab discute novas ações de vigilância para a Febre Aftosa em todo estado

A Adab promoveu, nesta terça (6) e quarta-feira (7), no seu escritório de Feira de Santana, um treinamento com a equipe de profissionais e técnicos da Defesa Sanitária Animal (DDSA), dos 27 Territórios de Identidade da Bahia, para atuação das novas ações de vigilância previstas no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA).

Desde maio deste ano, a Bahia passou a contar com o status sanitário de Zona Livre Sem Vacinação (ZLSV) e, para a nova fase, foi elaborada uma nova metodologia de vigilância em todo o território baiano para a prevenção da principal enfermidade responsável pelas restrições e comercialização dos produtos agropecuários.

“Esse alinhamento é muito importante para que todos possam atuar de forma sincronizada, com a previsão e o planejamento da coordenação do Programa e alinhado com o Ministério da Agricultura e Pecuária [Mapa]”, explicou o coordenador do PNEFA na Adab, José Neder Alves.

De acordo com o Fiscal Estadual Agropecuário, Iran Ferrão, que atua no escritório da Adab em Itapetinga, no Médio Sudoeste, a Bahia passa por uma transição do atual modelo de vigilância, com a utilização de vacina e, agora, sem a necessidade de vacinação.

“Necessitamos de uma nova abordagem na vigilância a propriedades rurais, análises de riscos, um novo modelo de prevenção para os riscos de introdução e disseminação da Febre Aftosa, e isso requer uma qualificação dos profissionais”, afirmou Ferrão, que apresentou os trabalhos de vigilância ativa realizados pelo escritório da Adab em Itapetinga. “São visitas a propriedades rurais com o objetivo de mitigar os riscos, com medidas de biosseguridade, para evitar que qualquer propriedade se torne um potencial disseminador, caso haja introdução do vírus em nosso estado”, explicou.

O estado foi reconhecido nacionalmente pelo Mapa como ZLSV, após atender aos critérios definidos no Plano Estratégico do PNEFA, que está alinhado ao Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).

A Bahia busca a conquista do reconhecimento internacional e a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses. O Selo Internacional atesta que o estado tem condições de atender os protocolos sanitários exigidos internacionalmente, com novas oportunidades de negócios de exportação com outros países e, consequentemente, aumento da geração de renda e de receita.