O plantio antecipado da soja irrigada, na Bahia, teve início no dia 01 de outubro, em 25 mil hectares cadastrados na Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Para monitorar a incidência de pragas nesta área, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), é parceira da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) no Projeto que firma parceria com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), com a Faculdade São Francisco de Barreiras (Fasb) e com a Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (Faahf) para oferecer estágio a alunos do último ano do curso de Agronomia.
Com o objetivo de conhecer o nível de infestação e incidência das pragas e doenças nas lavouras de soja irrigada do oeste da Bahia, o projeto de oferta de estágio é voltado para o monitoramento da Ferrugem Asiática, Helicoverpa armígera e da Mosca Branca. Com os dados levantados, será possível definir, em tempo hábil, a melhor alternativa de manejo que o produtor poderá utilizar. Para desenvolver o projeto, foram contratados 12 alunos das três faculdades pelo período de cinco meses.
A Abapa oferecerá a logística de deslocamento dos monitores. “Acreditamos que esse projeto, além de colaborar com a formação dos futuros agrônomos que irão obter conhecimentos específicos relativos à pragas e doenças, contribui junto às instituições no levantamento de dados para importantes tomadas de decisões em prol do controle fitossanitário”, ressaltou o coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa, Antonio Carlos Santos.
A Adab ministrará o treinamento para identificação da Ferrugem Asiática e o Agrônomo e coordenador de campo do projeto, professor Jorge Silva, vai orientar sobre como identificar a Helicoverpa armígera e a Mosca Branca. “Além de promover uma ação de integração entre as instituições de classe, universidades e produtores, estaremos oportunizando aos estudantes conhecimentos práticos de manejo agrícola e, por consequência, melhor qualificação profissional”, explicou Ernani Sabai, diretor de Agronegócios da Aiba.
Segundo o assessor de Agronegócios da Aiba, Luiz Stahlke, a antecipação do plantio da soja foi solicitada à Adab para que as áreas irrigadas funcionem como grandes laboratórios a céu aberto. “Denominamos estes espaços de ‘áreas iscas’ onde poderemos fazer testes e pesquisas que nos ajudarão no combate às pragas e doenças que atingem as lavouras de soja, milho e algodão”, disse Stahlke.
Capacitação
O período de estágio teve inicio, no dia 07 de outubro, quando os estudantes receberam instruções de uso do GPS e coleta de dados, além de serem capacitados para identificar pragas e doenças. O curso foi realizado no auditório da Abapa, em Barreiras.
Já no dia 08, os universitários seguirão para o campo, onde serão acompanhados pelo coordenador do curso, professor Jorge Silva, e pelos agrônomos das fazendas. Para Jorge Silva, que também é mestre em Fitopatologia, a parceria entre produtores e universidades será positiva para todos os envolvidos. “A universidade se aproxima da sociedade e o aluno ganha horas de estágio supervisionado, além de ter um contato direto com a pesquisa. Essa parceria vai fomentar a produção científica no meio acadêmico”, explicou o professor.
Fonte: CenárioMT.com.br