A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, apreendeu 600 peles de bovinos, totalizando 21,5 toneladas de material clandestino na última semana. A apreensão ocorreu em Vitória da Conquista, durante ação de fiscalização da Agência em salgadeiras da região. Os estabelecimentos já haviam sido notificados por irregularidades e falta de adequação às normas higiênico-sanitárias. Todo o material, que não tinha o documento sanitário obrigatório, nem notas fiscais, foi inutilizado no aterro sanitário municipal.
O controle do trânsito e comércio de peles, a partir de agora, é mais uma ação estratégica da Adab com o intuito de diminuir o abate clandestino no Estado. “Temos que coibir infrações como essa, pois a cadeia agroindustrial da bovinocultura de corte tem importância fundamental para a economia baiana”, destacou o Secretário da Agricultura, Eduardo Salles, ao ser informado sobre a apreensão. “A clandestinidade prejudica a geração de divisas, renda e emprego no campo, impedindo o desenvolvimento qualitativo do comércio e impactando negativamente na vida e na saúde da população”, apontou Salles.
“Cada pele comercializada clandestinamente equivale a um bovino abatido da mesma forma”, alerta do Diretor Geral da Adab, Paulo Emílio Torres. “Para evitar que isso ocorra, as prefeituras municipais, as associações de açougueiros, as salgadeiras, os donos de frigoríficos e até mesmo a população tem que auxiliar no combate ao abate clandestino, denunciando práticas ilegais, fiscalizando o comércio varejista e exigindo notas fiscais dos produtos e subprodutos de origem animal”, acrescenta o Diretor, ressaltando que todos os entes da cadeia produtiva da carne devem estabelecer estratégias, visando a oferta de um alimento saudável para a população.
O Governo da Bahia vem se destacando pelo incremento do parque industrial de matadouros frigoríficos traduzidos pelo expressivo aumento do número de bovinos abatidos inspecionados, principalmente no Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E). “Por isso, a fiscalização do comércio de peles bovinas clandestinas é mais uma poderosa ferramenta para inibir o abate clandestino em todo o Estado”, destaca o Diretor Geral da Adab, Paulo Emílio Torres, ressaltando que esta prática ilegal apresenta como questão principal a saúde pública e é caracterizada pelo desrespeito às normas de bem estar animal, pela ausência de recolhimento fiscal e pelos danos ambientais decorrentes do abate.
Com a exigência do documento sanitário de origem e notas fiscais das peles de bovinos, a expectativa da Adab é regularizar o comércio, trânsito e processamento do produto em todo o Estado. E, a partir desta nova estratégia, o Governo busca diminuir o abate informal, fortalecendo a cadeia produtiva da carne na Bahia. “A Adab não mede esforços para combater o abate clandestino no Estado e está à disposição dos parceiros para coibir práticas ilegais. Mas, para que as atividades obtenham o sucesso esperado as ações e responsabilidades precisam ser compartilhadas. Se cada elo cumprir com o seu papel os benefícios serão para todos”, finaliza o Diretor de Inspeção da Adab, Adriano Bouzas.
Ascom / Adab