Qual a importância da inspeção de produtos de origem agropecuária? Por que fiscalizar a produção de alimentos desde os animais de abate até a rotulagem dos produtos? Como estruturar essa cadeia produtiva? Quais as consequências do consumo de alimentos contaminados? Como combater o abate clandestino? Para responder a essas e outras perguntas o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Sérgio Luz, e o diretor de Inspeção, José Ramos, estiveram na Câmara Municipal de Irecê na manhã desta terça-feira (30), ministrando palestra sobre o tema, com o objetivo de esclarecer as áreas de atuação dos entes públicos, as responsabilidades do setor privado e como a sociedade pode atuar para incentivar o consumo de produtos inspecionados na região.
Durante o evento os participantes conheceram um pouco mais sobre o Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E), importante atuação da Adab para assegurar a qualidade, a identidade e a inocuidade dos produtos de origem animal destinados ao comércio intermunicipal. Em todo o estado são 236 estabelecimentos voltados para as diversas cadeias produtivas registrados no SIE em 2023. Destes, 30 são abatedouros frigoríficos para o abate de bovinos, suínos caprinos e ovinos e 12 doze para o abate de aves. “Nesse sentido, a fiscalização da Agência garante a oferta de alimentos seguros para a população. E a comunidade também precisa participar ativamente deste processo, observando a origem dos produtos e adquirindo aqueles que tenham Selo de Inspeção”, explicou Paulo Sérgio Luz. Vale lembrar que existem ainda o Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M), voltado para produtos comercializados no município e o Serviço de Inspeção Federal (S.I.F), destinado ao comércio interestadual e internacional. “Ou seja, são várias instâncias de inspeção e fiscalização para que o produto final de origem animal chegue adequado ao consumo humano”, alertou o diretor geral da Adab.
Para potencializar o comércio, promover o desenvolvimento econômico e garantir a inspeção dos produtos, o Governo Federal permitiu que os municípios criassem consórcios. Por meio deste instrumento, sob orientação técnica e seguindo as normas sanitárias, os produtos poderão integrar o SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e terão, legalmente, as condições necessárias para serem comercializados para outros estados. “Isso representa um grande passo para os produtos baianos, com valor agregado, qualidade atestada e competitividade diante de novos mercados”, avaliou o diretor de Inspeção da Adab, José Ramos.
A diretoria de Inspeção da Agência é composta por seis coordenações para atender a diversos trâmites para indústrias em fase de registro ou registradas na Adab. “As equipes de inspeção e fiscalização avaliam aspectos industrial, sanitário e tecnológico dos produtos de origem agropecuária”, enfatizou o diretor de Inspeção, informando que no caso dos abatedouros, por meio da inspeção ante e post mortem dos animais destinados ao abate, por exemplo, é possível disponibilizar uma carne em condições adequadas para ser destinada ao consumo humano. Segundo ele, muitas doenças podem ser evitadas nesse processo produtivo, desde o recebimento, manipulação, fracionamento, transformação, embalagem, rotulagem, acondicionamento, armazenamento e trânsito de produtos de origem animal no âmbito do Estado da Bahia. “Fato é que todos nós do setor público ou privado, assim como, a sociedade pode e deve contribuir para garantir que tenhamos alimentos seguros em nossas mesas, finalizou Ramos.
Ascom Adab 30.05.23
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