Produtores rurais do Território do Baixo Sul registram uma inesperada infestação da mosca-dos-estábulos em plena estação de estiagem e calor, o que facilita a produção das larvas e a disseminação do inseto. Para conter a proliferação, equipes da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) se reuniram, nesta quarta (10), com representantes da prefeitura de Valença quando ficou acertada a participação dos agentes municipais de saúde nas ações de conscientização da população e dos cuidados que deverão ser adotados a fim de preservar os animais das picadas incômodas e reincidentes das moscas que agem em bando contra os animais.

“São muitos os prejuízos relatados pelos criadores que percebem o gado definhando a olhos vistos, perdendo valor comercial. Também outras espécies de animais podem ser atingidas pelas moscas”, explica o médico veterinário José Klinger Filho.

A mais importante medida agora é proteger todo o substrato orgânico (Cama-de-aviários) que possa servir de atrativo para as moscas (Stomoxys calcitrans), segundo Klinger.


a  a



“Visitamos diversas propriedades de cultivo de banana na região e orientamos que a cama-de-aviário utilizada como adubo seja enterrada sob o terreno a ser adubado. A cama-de-aviários deve permanecer totalmente coberta e vedada por lona para não permitir a passagem das moscas nem da umidade, o que induz à rápida reprodução da espécie”.

A equipe está percorrendo o distrito de Bonfim, em Valença, onde foi confirmada a presença das moscas, além de outros distritos com menor incidência, para alertar produtores e moradores, uma vez que também o homem pode ser atingido pelas picadas do inseto.

"Participamos de uma reunião muito produtiva com o secretário da Saúde de Valença, Alberto Martins e o diretor de Vigilância Sanitária Joilson Santos para a ampla divulgação dos corretos procedimentos do uso da cama-de-aviários na produção vegetal”, reforça Klinger.

“Caso outros gestores percebam a incidência das moscas, peço que sinalizem à ADAB para que possamos atuar em parceria na distribuição de folders e orientando os produtores a evitar a proliferação do inseto, que por se alimentar de sangue pode facilitar a transmissão de doenças graves”, enfatiza o diretor-geral Maurício Bacelar.


a  a