A suinocultura da Bahia segue livre de Peste Suína Clássica (PSC). Os médicos veterinários e técnicos da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) encerraram no mês de junho o 2º Ciclo Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos 2022/2023, com 100% das ações concluídas. O objetivo é manter o status sanitário da Bahia como livre de PSC, com reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A Bahia já é reconhecida internacionalmente como livre da doença desde 2016. O 3º Ciclo 2023/2024 será iniciado em outubro deste ano.
Neste 2º ciclo foram amostradas 124 propriedades para vigilância sorológica, sendo três propriedades tecnificadas e 121 não tecnificadas. No total foram analisadas 957 amostras de soro coletadas de suínos e enviadas a laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura (Mapa). Todas testaram negativas para o vírus da PSC. Na vigilância clínica foram visitadas 126, destas uma propriedade tecnificada e 125 não tecnificadas, totalizando 4.135 suínos vistoriados pelos técnicos da Adab, sem apresentação de sintomatologia clínica. Participaram da atividade neste ciclo 48 médicos veterinários e 42 técnicos.
“Com a finalização deste 2º ciclo a Bahia ratifica a ausência de circulação viral para PSC, aponta para o correto direcionamento das ações da defesa sanitária animal no Estado e possibilita mais garantias para a atração de investimentos na suinocultura por parte do setor produtivo”, avalia o diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz.
O Plano, lançado em 2021 pelo Mapa, prevê vigilâncias sorológicas e clínicas em propriedades tecnificadas e não tecnificadas, a vigilância contínua em estabelecimentos de abate, através da inspeção dos animais, além da vigilância em animais asselvajados, javalis e seus cruzamentos em vida livre. “A ideia é identificar animais com suspeita de doenças hemorrágicas de suínos nas propriedades de maior risco para PSC. As visitas também servem para levar aos produtores informações de educação sanitária e incentivar o produtor a realizar sempre a notificação na Adab quando detectar qualquer sintoma da doença.”, enfatiza o diretor de Defesa Animal da Adab, Carlos Augusto Spínola.
Vale acrescentar que, neste 1º semestre, 145.587 suínos foram enviados para abate e a vigilância em abatedouros vem observando uma taxa de crescimento, em média, de 18% ao ano nesta atividade. Para o Coordenador do Programa de Sanidade dos Suínos, Rui Leal, “tivemos um grande empenho dos colegas de todos os territórios no cumprimento das metas do Plano Integrado com o intuito de manter a sanidade dos plantéis suinícolas do estado”. O coordenador também agradeceu o apoio do Fundo de Pecuária do Estado da Bahia (Fundap), no auxílio à aquisição de materiais para a sorologia.