Para evitar a entrada de pragas de reconhecido poder de contaminação das lavouras e preservar os cerca de 120 mil empregos gerados pela citricultura baiana – primeira colocada no ranking de produção do Nordeste, a ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) apreendeu 14 toneladas de limão tahiti durante fiscalização de rotina na divisa entre Bahia e Sergipe. O município de Rio Real, próximo ao posto, está entre os 10 maiores produtores de laranja do Brasil.


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O receio das autoridades sanitárias é o consumo de produtos com resíduos de agrotóxicos ou contaminantes. A carga transitava com documento falso, com PTV (Permissão de Trânsito de Vegetais)  adulterada, o que levou à apreensão e posterior destruição.

“Não existe segurança para o consumidor quando uma carga de vegetais circula pelo estado sem documentação adequada, isso é o que permite a rastreabilidade do processo, desde o produtor até a comercialização, atestando que esses produtos estejam próprios para o consumo, ainda mais em época tão insalubre como a que vivenciamos”, ressalta Suely Brito, coordenadora do projeto dos Citros. 

Não havia informações sobre os métodos de manejo para evitar pragas de difícil controle em PTV adulterada. “Garantir a qualidade dos produtos que chegam à mesa do consumidor é papel da ADAB no planejamento e execução da política pública de defesa agropecuária”, reforça Suely.

“Além da saúde do consumidor temos que preservar a cadeia produtiva do estado, o risco de destruição das lavouras é incalculável para o que produzimos aqui com qualidade, especialmente laranja, limão e tangerina. Os produtores poderiam amargar grande prejuízo, e muitos pais e mães de famílias perderiam seus empregos”.


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