Todos os profissionais de educação sanitária da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), autarquia vinculada à Secretaria de Agricultura e Pecuária, estiveram reunidos esta semana para debater a atividade e discutir metodologias de trabalho no auditório do Ministério da agricultura (Mapa), em Vitória da Conquista. O primeiro Encontro de Educação Sanitária teve início na segunda-feira (02) com a conferência de abertura “A Educação como ferramenta para a defesa sanitária” proferida pelo professor da Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (UESB), doutor Luiz Artur Cestari. O encontro terminou hoje (05) com a apresentação dos resultados obtidos nas coordenadorias regional da Adab em Vitória da Conquista, Jequié e Itaberaba.
No decorrer da semana assuntos como os projetos educativos realizados pela Diretoria de Inspeção de Produtos Agropecuários (DIPA), da Diretoria de Defesa Sanitária Animal (DDSA) e Diretoria de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV) foram discutidos em forma de mesa redonda. A biosseguridade em avicultura, a segurança alimentar no consumo de produtos cárneos e a prevenção e controle de Mosca-das-frutas foram alguns dos assuntos, correlacionando com a atividade de Educação Sanitária da Adab.
“A educação sanitária é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento dos programas e projetos de defesa sanitária animal, vegetal e de inspeção de produtos agropecuários já que a conscientização da comunidade faz com que os criadores e produtores adotem os procedimentos preconizados pela Adab”, delineou o diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, ao incentivar sempre a atividade como base para uma agropecuária mais consciente.
Os servidores envolvidos também participaram de uma dinâmica provocada pelo colega Antônio Valentim Fidalgo cujo tema era “Repensando a Educação Sanitária”. “Busquei estimular os profissionais a pensarem e se questionarem sobre a forma como a atividade pode contribuir num processo ativo e contínuo de mudanças socioambientais”, objetivou o médico veterinário da Adab, Valentim.
“As ações educativas do projeto tem por objetivo produzir na população modificações em seus conceitos, valores e comportamentos em prol da melhoria sanitária e, consequentemente, da sua vida pessoal, familiar e social”, diz a coordenadora de Educação Sanitária, Maria das Graças Gusmão que abordou o projeto “Adab na Escola”, o carro chefe da atividade. “Após a capacitação os professores podem desenvolver atividades educativas, transformando o aluno em agente multiplicador junto à sua família e a comunidade em que vive”.
Cerimônia de Abertura
As boas-vindas aos participantes e o anseio por um proveitoso trabalho foram proferidos pela diretoria da Adab. “A Adab tem investido muito na promoção de cursos e encontros, favorecendo a difusão de conhecimento e reciclagem de informações para técnicos e profissionais. Este encontro será importante para a padronização da atividade e alinhamento de ações”, lembrou o diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá.
Para o diretor de Inspeção de Produtos Agropecuários, Adriano Bouzas, as atividades de educação sanitária, com ênfase em inspeção, complementam a cadeia da carne segura, modificando antigos hábitos da população e ressaltando os aspectos para identificação de um alimento saudável.
“Diante da representatividade do nosso agronegócio, a atividade é importante para quem produz, para quem consome e para quem exporta. Possuímos um compromisso com a construção da cidadania através dos direitos e responsabilidades, em relação às mudanças de atitudes e comportamentos, contribuindo para o desenvolvimento do setor agropecuário da Bahia”, informou o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, além de melhorar a saúde humana e ambiental.
Logo em seguida teve início a conferência proferida pelo professor da UESB e doutor, Luiz Artur Cestari, que discursou sobre como a Educação pode ser ferramenta para a atividade sanitária na Bahia. “O importante é refletir como esta atividade realizada pela Adab se aproxima da Educação e como levar um indivíduo de um estágio de conhecimento para outro. Não é fácil abandonar hábitos e costumes e modificar a percepção social do sujeito. Com a motivação presente em cada um vocês, capazes de criar no indivíduo o impulso e a necessidade de agir de uma nova forma, vocês conseguirão alcançar os objetivos na conscientização da sociedade para as mudanças socioambientais. Mas, realmente, o trabalho é de formiguinha!”, incentivou Cestari.
O professor prosseguiu ressaltando que apenas a linguagem não adiantaria se na prática os resultados não forem atingidos e mudanças desejadas não acontecessem. “Vocês estão construindo, dentro da modalidade de vocês, uma nova forma de educar!”, completou o professor.
A cerimônia de abertura contou também com a presença do fiscal federal agropecuário Antônio César Nery, representando a Superintendente Federal de Agricultura na Bahia, Virgínia Hagge, o Médico Veterinário Sílvio Moura, representando a Prefeitura de Vitória da Conquista e o professor Abel Rebouças, representando o reitor da UESB.
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