ADAB realiza ações em todo estado contra abate e transporte clandestino de produtos

Operações contra o abate de animais e distribuição clandestina de produtos de origem animal e vegetal aconteceram simultaneamente ,desta vez em três territórios da Bahia, na última semana. As equipes da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) apreenderam cargas agropecuárias sem documentação, queijos sem rótulos transportados sem refrigeração e carnes clandestinas circulando em meio a cimento e arenoso.

No Médio Rio de Contas, no município de Boa Nova, foram apreendidas 1,2 toneladas de carcaça bovina transportadas em condições insalubres misturadas com material de construção. Em Manoel Vitorino, mais uma tonelada de carne foi apreendida, fruto do abate clandestino. “As irregularidades foram constatadas através de fiscalizações nas estradas e fazendas, quando aproveitamos para  reiterar aos produtores sobre a gravidade de vender produtos sem condições adequadas, ou seja, crime contra a saúde pública”, diz o coordenador de Fiscalização, Ednilton Brito.

Mais de meia tonelada de queijo mussarela sem rotulação, transportado com temperatura muito acima do permitido por lei e de origem desconhecida também foi interceptada durante a operação.

 “As cenas são indescritíveis, é impactante testemunhar o perigo que ronda os consumidores, cada vez mais a população precisa estar atenta para adquirir apenas produtos inspecionados, livres de riscos”, ressalta o médico veterinário DelCarlos Martinez, que esteve no Sertão Produtivo e identificou caminhões e carros particulares transportando animais sem documentação sanitária e 3.600 aves sem documento sanitário. As galinhas foram levadas para o sacrifício em matadouro frigorífico registrado na ADAB e os produtos lácteos descartados.

Já na região oeste, 85 bovinos foram apreendidos pois transitavam sem a GTA (Guia de Trânsito Animal) e também foram encaminhados para sacrifício.

Vegetais

Em paralelo, inspeções no trânsito de vegetais, limpeza de caminhões e máquinas agrícolas além de caixas que acondicionam os vegetais, que têm pragas regulamentadas, estão sendo vistoriados. As ações seguem no Território da Bacia do Rio Corrente.

“Caixas novas de madeira podem ser usadas para acondicionar  frutos de banana que estejam saindo do estado, porém seu retorno é proibido pela Portaria Estadual 235/2004, em função do elevado risco de disseminar fungos”, destaca a engenheira agrônoma, Suely Brito, responsável pelas equipes que atuam no Posto do Rosário (BR-020) das divisas com Goiás e Minas Gerais.

Uma carga de frutas cítricas foi apreendida também pela ausência de PTV (Permissão de Trânsito de Vegetais). “As frutas podem levar pragas e sem o documento sanitário não se sabe a origem e outras informações importantes, como por exemplo, se foram utilizados defensivos agrícolas nas culturas e se estes têm qualidade e aplicados na dosagem certa. Caso contrário, pode significar um grande risco à saúde pública”, diz Suely Brito.

a a