O trabalho desenvolvido pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) com as agroindústrias de pequeno porte de produtos de origem animal tem despertado o interesse de instituições de outros estados. Desde essa segunda-feira (4), a Gerência de Agroindústria de Pequeno Porte (Geapp) do órgão recebe a equipe da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) para uma visita técnica, que termina nesta sexta-feira (8).
De acordo com o diretor-geral do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, a procura de outras instituições reflete o bom trabalho que vem sendo executado pela Geapp, além do compromisso dos proprietários de agroindústrias com a regularização de sua produção. “Nosso foco é garantir que os estabelecimentos estejam comprometidos com a qualidade sanitária dos alimentos que chegam à mesa da população”, destacou.
A gerente da Geapp, Erica Machado, explica que o objetivo da visita técnica foi conhecer a estrutura do Serviço de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte (Siapp) e do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar de Pequeno Porte (Susaf/ES). “Tivemos a oportunidade de apresentar os trâmites da gerência e as particularidades tratadas com esse público específico de agroindústrias de pequeno porte. Também abordamos as estratégias adotadas pelo Idaf para que o número de estabelecimentos registrados no Espírito Santo aumentasse significativamente nos últimos cinco anos”, explicou a gerente.
Além do encontro técnico, a equipe da Adab visitou estabelecimentos registrados nos municípios de Iconha (Produtos Nicoli), Jerônimo Monteiro (Laticínios 3E), Venda Nova do Imigrante (Artelatte, Fazenda Carnielli e Sítio Lorenção), Domingos Martins (Apiário Florin, Agroturismo Valentim, Charcuaria Favoretti), Marechal Floriano (Piscicultuta Evald) e Viana (Ovos Caipiras Sítio Pais e Filhos).
A subgerente de Desenvolvimento Agroindustrial do Idaf, Carolina Dadalto Borgo, conta que é gratificante compartilhar o conhecimento técnico e os resultados e avanços em prol da regularização de agroindústrias. “Nós nos sentimos honrados em dividir os caminhos trilhados, os desafios que já tivemos e as possibilidades identificadas para superação. Sabemos que ainda temos oportunidades de melhoria, mas é uma honra fazer parte desta história de fortalecimento das agroindústrias de pequeno porte em todo o país”, destacou.
A coordenadora de Desenvolvimento da Agroindústria e Projetos Especiais da Adab, Maria Cristina Brito, diz que a lei do Susaf foi sancionada na Bahia em novembro de 2023, ou seja, é uma política pública recente, e o decreto regulamentador está previsto para este mês de março.
“A visita técnica ao Espírito Santo foi pensada inicialmente em função da similaridade dos estabelecimentos. Tivemos a oportunidade de conhecer a gestão do Susaf/ES, incluindo a parte documental e de procedimentos do Siapp em relação ao Susaf, e também de ver in loco a realidade das mais diversas cadeias de produção. O intercâmbio foi muito produtivo e voltamos com muitas ideias do que podemos replicar na nossa experiência”, frisou Maria Cristina Brito.
“Também pretendemos formar um grupo de estudos, mantendo essa conexão com outros estados, e acredito que muitos outros encontros virão. A capacidade técnica da equipe do Idaf somou bastante, mas a entrega voltada aos pequenos produtores também chamou nossa atenção e nos motivou ainda mais”, complementou a coordenadora.
Para o fiscal da Adab, o médico-veterinário Benedito Teixeira, o trabalho que o Idaf vem desenvolvendo com a agroindústria no Espírito Santo é uma referência nacional. “Uma das metas da Adab é valorizar ainda mais a agroindústria familiar, então esta visita técnica vai ao encontro desse propósito. Foi muito enriquecedor saber como esse trabalho começou com os estabelecimentos capixabas, as dificuldades que a equipe enfrentou e como conseguiram superar. Além disso, ouvir os depoimentos dos proprietários também agregou demais”, pontuou Teixeira.
O proprietário da Ovos Caipira Sítio Pais e Filhos, Welber Crivillin, destacou a satisfação por receber a missão técnica Idaf/Adab em seu estabelecimento, localizado em Viana. “A troca de experiência e a difusão do conhecimento são essenciais para os avanços no segmento. Para nós, o grande diferencial da fiscalização está na quebra de paradigma de impor uma barreira entre o fiscal e o fiscalizado. O Idaf sempre nos procurou com o objetivo de mostrar o caminho da regularização e, com isso, conseguimos ampliar os nossos negócios. Essa relação não precisa ser punitiva, mas é possível somar, agregar valor e, assim, incentivar a regularização”, opinou Crivillin.
Informações :
Assessoria de Comunicação do Idaf
Francine Castro/ Rafaely Lyra Walter