A certificação aconteceu durante a 86ª assembleia da OIE, que representa mais de 180 países, ocorrida na última quinta-feira (26), em Paris. Este reconhecimento voluntário do Estado tem o aval da Organização Mundial de Comércio (OMC) e desempenha um papel de destaque no comércio internacional de animais e seus produtos. A certificação internacional, que dá a Bahia o status de área Livre de Peste Suína Clássica (PSC) sem Vacinação, é resultado da adoção de uma série de medidas, por parte da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), vinculada à Secretaria da Agricultura, e abre caminho para a conquista de novos mercados para exportação. 

A PSC é uma doença que atacas os suídeos, provocada por um vírus altamente contagioso e com alta taxa de mortalidade. Além da Bahia, mais 13 estados e o Distrito Federal, receberam o reconhecimento por parte da OIE, o que amplia a zona livre para a doença no Brasil. 

Para o secretário de agricultura do Estado, Vitor Bonfim, "este status traz a segurança para que novos empreendimentos na área da suinocultura venham se instalar na Bahia, pois reunimos as condições para o desenvolvimento da atividade, com a produção de grãos voltada a alimentação dos animais", e cita como exemplo, os investimentos que serão realizados pelo grupo Euroeste, no estado, anunciados no início desta semana “nesta segunda feira, em reunião com o governador Rui Costa, grupos europeus confirmaram a implantação de uma agroindústria no município de Barra, onde será produzida uma média de 100 mil suínos por ano, que serão comercializados em um primeiro momento aqui em nosso estado, e em até três anos, serão exportados. O grande diferencial do projeto é a produção e processamento do milho e a soja que serão utilizados na alimentação dos animais em um mesmo local, o que garante alto grau de competitividade de nossa carne no mercado europeu", disse. 

O presidente da ADAB, Oziel Oliveira, informou ainda que a Bahia é livre da doença sem a necessidade de vacinação desde 2001, quando recebeu o status nacional, mas precisava do reconhecimento internacional para possibilitar a exportação. “Assim, conseguiremos ampliar e desenvolver o setor, além de movimentar a economia". 

O Caminho do Reconhecimento 

Esta conquista é resultado do trabalho da ADAB na formulação de uma proposta ao MAPA, que passa pela criação de duas Zonas: de Proteção, que se estende desde a divisa com Tocantins, à margem direita do Rio Presto, no município de Formosa do Rio Preto, até o município de Casa Nova, na divisa da Bahia com Pernambuco; e outra de Vigilância, desde o município de Paulo Afonso até Juazeiro, ao longo do Rio São Francisco até a divisa com Alagoas. 

O trabalho de vigilância é fundamental para evitar a reintrodução da peste suína no estado e em outras unidades da federação, já que a Bahia é a porta de entrada para os demais estados também livres de PSC sem vacinação, por isso são realizadas ações em postos fixos distribuídos estrategicamente ao longo das divisas da Bahia com outros estados, e fiscalizações móveis ao longo das Zonas de Proteção e Vigilância, com monitoramento das priedades de maior risco, bem como a vigilância em matadouros de suínos, e a realização de sorologia anual para ratificar aos organismos internacionais a não circulação do vírus em território baiano. 

Ascom Adab, 31/05/2016
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