Antes mesmo do início da última Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa, antecipada para o mês de Abril, equipes da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) já estão executando a vigilância sorológica, visando demonstrar a ausência de circulação viral da doença em todo o estado. A ação compõe o Plano de Vigilância do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), para o ano de 2024, cujo objetivo principal é comprovar que a Bahia tem condições para garantir o status de zona livre da febre aftosa e alcançar a Certificação Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação.

Este plano está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), com a meta de erradicar a doença na América do Sul e a suspender, gradualmente, a vacinação contra a febre aftosa em todo o território brasileiro.

“A vigilância veterinária é definida como a medição sistemática, coleta, análise e disseminação de dados de saúde animal. Trata-se de uma atividade essencial para avaliar o risco de doenças como a febre aftosa em populações animais”, explica o diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz. O Plano de Vigilância do PNEFA é composto por cinco componentes: notificações de suspeitas de doenças vesiculares; vigilância em estabelecimentos rurais, de abate e em aglomerações de animais; e a vigilância sorológica.

Seguindo os componentes, as próximas ações da Adab devem orientadas para a vigilância. “Este estudo sorológico iniciado neste mês de março de 2024 será concluído em junho e todas as etapas vão seguir as recomendações descritas no Guia Sorológico do Ministério da Agricultura”, esclarece o diretor de Defesa Sanitária Animal da Adab, Carlos Augusto Spínola. O MAPA dividiu os estados em diferentes áreas para a caracterização das regiões livres de atividade viral para a Aftosa e a Bahia está incluída na Área 2.

“O tamanho da amostragem para o estudo soroepidemiológico foi estimado para detectar a transmissão do vírus da febre aftosa nas áreas propostas, com um nível de confiança de 95%”, salienta o coordenador do PNEFA-Ba, José Neder. Entre os critérios para o desenvolvimento da sorologia foram estabelecidas propriedades que contenham bovinos com idade de 6 a 24 meses; Identificação de propriedades de maior risco para aumentar a sensibilidade do estudo; Propriedades que apresentaram maior número de movimentações de bovinos; Sorteio aleatório a partir dos dados de cadastros enviados pelos estados ao Departamento de Saúde Animal. “A meta é realizar uma amostragem na qual se assume uma maior probabilidade da presença de infecção em determinados rebanhos para que, com os resultados favoráveis, associados à avaliação dos outros componentes do Guia,  possamos demonstrar a ausência da doença nas populações amostradas em nosso estado”, finaliza.

Ascom Adab. 13.03.24

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