Os investimentos em tecnologia e segurança na produção foram os destaques da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) em 2011, ano marcado pela redução da faixa etária de vacinação contra febre aftosa para animais até 24 meses na 2ª etapa da campanha. Na agricultura, a emissão online da Permissão de Trânsito Interno de Vegetais (PTIV e PTV), permitiu o gerenciamento e o controle fitossanitário dos produtos de origem vegetal dentro do Estado da Bahia. Já na área de inspeção o ano de 2011 trouxe mais saúde para a mesa do consumidor com os projetos inovadores de matadouros avícolas e entrepostos frigoríficos para bovinos.

“O Governo tem feito a sua parte, oferecendo condições de competitividade ao mesmo tempo em que gera emprego e renda para o pequeno agricultor familiar e segurança alimentar para a população que consome produtos de origem animal”, avalia o Diretor Geral da Adab, Paulo Emílio Torres.

A manutenção de área livre da Febre Aftosa há 14 anos também foi um marco do setor neste ano. Em 2011 a cobertura vacinal da 1ª etapa alcançou 98,01% dos 10.719.380 bovinos e 23.907 bubalinos, sendo a maior cobertura desde a implantação do Programa na Bahia. Outra ação de destaque da Adab foi a conquista do mais alto nível na avaliação dos Programas Estaduais de Controle da Raiva dos Herbívoros do Brasil com manutenção do certificado com a classificação A.

Além disso, a implantação do Projeto Adab Digital em 205 municípios para a Emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica e a informatização dos cadastros de criadores constitui-se em uma ação importante para oferecer mais segurança e rapidez ao serviço de defesa no Estado. Com relação à Brucelose e Tuberculose, a certificação voluntária de propriedades livres e monitoradas para enfermidade colocou a Bahia no terceiro lugar do ranking nacional, comprovando a qualidade sanitária do rebanho baiano. No total o Estado possui 16 fazendas certificadas pelo Ministério da Agricultura (MAPA), Seagri e Adab, localizadas na região de Irecê e Uibaí.

O produtor que pretende iniciar o processo de certificação como propriedade livre de Brucelose e Tuberculose deve ir até um dos 428 escritórios locais da Adab, preencher um requerimento de adesão ao programa. No momento da inscrição ele receberá todas as informações sobre os procedimentos para o processo de certificação de sua propriedade. “Após esta etapa será possível organizar as indústrias de laticínios para processarem leite originário apenas de propriedades certificadas, incrementando a cadeia do leite na Bahia, objetivo maior da Seagri”, salienta o Diretor de Defesa Animal, Rui Leal.

“Vale ressaltar que as ações foram impulsionadas após a assinatura do convênio plurianual 2011 a 2015 com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA)”, esclarece o Secretário da Agricultura, Eduardo Salles, lembrando que o investimento foi da ordem de R$25.729.126,16 (vinte e cinco milhões setecentos e vinte e nove mil cento e vinte e seis reais e dezesseis centavos) para atender ao Programa de Erradicação da Febre Aftosa e demais programas sanitários de defesa sanitária animal.

Visando oferecer mais segurança aos alimentos de origem animal consumidos pelos baianos a Seagri, por meio da Adab, criou os Projetos de Entrepostos Frigoríficos modulares e de Matadouros Avícolas, disponibilizando plantas padrão para a construção das unidades de maneira a atender à demanda de consumo em lugares distante dos centros de abate. “Esses projetos complementam a organização da cadeia produtiva da carne e das aves”, explica o Diretor de Inspeção da Adab, Adriano Bouzas.

Os polos regionais de abate na Bahia contam com 30 matadouros frigoríficos sob inspeção, sendo 22 com inspeção estadual e 8 com inspeção federal. Até setembro de 2011 foram abatidos 546.598 bovinos de acordo com as normas higiênico-sanitárias na Bahia, dispostas na  Lei  Nº 12.215 de 30 de maio de 2011 criada pela Adab. A normativa dispõe sobre o Serviço de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal em todo o Estado. “E trata-se de um grande avanço no controle e na inspeção de produtos de origem animal que são comercializados e consumidos dentro e fora do território baiano”, esclarece Bouzas, lembrando que a Bahia foi o terceiro Estado brasileiro a aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) permitindo o comércio interestadual dos produtos.

Na agricultura a Adab implantou a emissão eletrônica da Permissão de Trânsito Interno de Vegetais (PTIV e PTV). A medida permitiu o gerenciamento e controle fitossanitário dos produtos de origem vegetal dentro do Estado da Bahia. Outro destaque foi a exportação de manga para os diferentes mercados devido à implantação do Projeto Estadual de Controle de Moscas-das-frutas no Vale do São Francisco e no Vale do Rio Brumado, em conjunto com a Biofábrica Moscamed Brasil e o Ministério da Agricultura, beneficiando 617 produtores.

O reconhecimento da Bahia como Área Livre da Sigatoka Negra, principal praga da bananeira,  bem como caracterização Área Livre do Moko, beneficiou 426 mil produtores de banana, facilitando a comercialização interestadual desta fruta, gerando emprego e renda principalmente para a agricultura familiar. Já a fiscalização do trânsito apreendeu 269 toneladas de vegetais e 409 toneladas de produtos clandestinos de origem animal em 2011, retirando do comércio produtos impróprios para o consumo.

Com relação à soja, o Estado alcançou a maior safra já colhida, totalizando 3,6 milhões de toneladas em 2010/2011. “O aumento da safra foi consequência da redução da baixa incidência da Ferrugem Asiática na região Oeste, diminuindo a necessidade da aplicação de agrotóxicos na lavoura”, analisa o Diretor de Defesa Vegetal, Armando Sá, citando a participação efetiva dos produtores e da Aiba nas ações de defesa contra a Ferrugem da Soja.

Outra produção recorde estimada pela Adab é a de algodão, que deve assegurar o Estado a segunda posição no ranking nacional. Na safra 2010/2011 serão colhidos 1,5 milhão de toneladas, a maior produção já colhida na Bahia.

Finalizando as ações de defesa fitossanitária foi a publicada no segundo semestre de 2011 a Portaria nº 243, que dispõe sobre a produção de mudas em viveiros telados, o comércio e o trânsito de mudas e porta-enxertos com o objetivo de proteger e manter o status de área livre das pragas dos citros, cultura já certificada como livre de Greening, Pinta Negra e Cancro Cítrico. Vale lembrar que a Bahia é o maior produtor mundial de graviola e em 2011 abriu perspectivas para a exportação do tabaco para o mercado Chinês.

Ascom / Adab