Faleceu na madrugada de ontem, 25 de junho, o médico veterinário e fiscal estadual agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Luís Augusto Varjão Cardoso. Ele iniciou seus trabalhos profissionais no início da década de 80 como veterinário concursado do antigo Instituto Biológico da Bahia (IBB), lotado no município de Santana, no oeste baiano. Àquela época era de sua responsabilidade não só as atividades de campo como também a execução dos serviços laboratoriais, a exemplo de exames de brucelose, parasitoses dentre outros diagnósticos do gênero; “era um mestre nesta área”, informam seus contemporâneos.
Com o passar dos tempos e as diversas mudanças de órgãos da Defesa Sanitária Animal (DSA) do estado, no ano 2000 foi colocado à disposição da ADAB, lotado na Coordenadoria Regional de Itabuna, mais precisamente na Gerência Técnica de Camacã. A partir de então ficou sendo o médico veterinário responsável pelas ações de DSA da gerência, atendendo a todos os serviços de campo inerentes aos programas que, com o passar dos tempos, foram se avolumando em quantidade.
Uma característica marcante do Varjão foi sem dúvida a responsabilidade técnica e operacional da vacinação contra a Febre Aftosa em todos os bovinos de propriedade das comunidades indígenas nos municípios de Itaju do Colônia e Pau Brasil. Com toda boa vontade e competência, durante os meses de maio e novembro o Varjão ou o “Vaqueiro”, como era carinhosa e respeitosamente conhecido desde a época de estudante, programava todas as datas de visita para atendimento, realizando assim mais de 5 mil vacinações oficiais contra a Febre Aftosa a cada etapa trabalhada. Após a vacinação, também com sua paciência e organização, realizava as declarações de todos os criadores atendidos por ele. Isso desde quando as declarações eram apenas manuais.
Mesmo com o agravamento de seu estado de saúde se colocava à disposição da Agência, porém “a luta foi inglória e desleal e o nosso grande guerreiro sucumbiu nesta madrugada, dando cumprimento a uma das grandes Leis da vida segundo a qual todos nós estamos fadados”, disse o amigo e médico veterinário Valentim Fidalgo. “Que Deus, sempre bom e justo, lhe reserve um bom lugar, já que sua vida foi sempre de luta e de trabalho, credenciais portando do seu merecimento”, finalizou.