O Seminário Virtual Influenza Aviária (IA), realizado na manhã desta sexta-feira (28), reuniu gestores municipais da agricultura de toda a Bahia para conhecer mais sobre a doença no Brasil e seus impactos para o Estado. Desde o final do mês de maio, com a confirmação dos dois primeiros casos de IA em aves migratórias no Extremo Sul baiano, a Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adab), a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), através do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e a Superintendência Federal da Agricultura na Bahia (SFA-Ba), uniram esforços com a Associação Baiana de Avicultura (ABA) para evitar que as três barreiras sanitárias – aves migratórias, aves silvestres e aves de produção – sejam rompidas, trazendo prejuízos econômicos e sociais para a Bahia.

A Bahia tem 1.100 km de costa litorânea, a maior do Brasil, por isso a Adab já estabeleceu um Plano de Emergência para proteger as granjas e a produção de agricultores familiares. O Governo do Estado publicou, no último sábado, o decreto nº 22.174, de Emergência Zoossanitária para a H5N1, seguindo determinação do Ministério da Agricultura (MAPA) para as 27 unidades da federação, com o intuito de controlar a transmissão sanitária que ocorre no país. “Estamos em um momento de alerta, mas também de cuidados com toda a cadeia produtiva. As medidas estão sendo tomadas para que nada impacte na produção de aves em nosso Estado e preze pela vida da população”, enfatizou o chefe de gabinete da Seagri, Luiz Resende, na abertura do encontro.

Existem 346 espécies de aves marinhas catalogadas pelos órgãos especialistas, das quais 148 usam o litoral brasileiro para descanso, reprodução ou rota migratória. E a Bahia possui uma costa propícia, com habitat disponível em praticamente todos os meses do ano para a migração de aves. “Por isso, do ponto de vista dos setores público e privado, as ações preventivas estão sendo tomadas, de forma integrada, com compromisso, parcerias e muito trabalho técnico”, acrescentou o diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, ressaltando que, com relação aos animais de granja e subsistência, a Bahia segue livre da doença, mantendo a produção de carne e ovos dentro das condições de comércio e consumo. A Adab já atendeu a 41 notificações, coletou 20 amostras e confirmou 4 casos positivos para IA, todos em aves silvestres, nas cidades de Caravelas (1), Alcobaça (1), Prado (1) e Porto Seguro (1).

Ainda assim, na avaliação do especialista do Inema, Vinícuis Dantas, “os mais de 50 casos de mortandade de aves registrados é considerado baixo para o período, estando dentro dos limites normais para esta época do ano”, avaliou Dantas, lembrando que a partir de novembro é necessário um esforço maior das instituições envolvidas no controle da IA, em função do movimento de retorno das aves migratórias.

Ascom Adab 28.07.23

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