Empresas interessadas em participar da licitação lançada pela Secretaria da Agricultura (Seagri) para construção de 13 matadouros frigoríficos em diversos municípios do Estado, ainda podem adquirir os editais. Serão quatro frigoríficos com capacidade para abater 100 animais/dia, cujo edital pode ser adquirido na sede da Superintendência de Construções Administrativas da Bahia (Sucab), e nove frigoríficos modulares, com capacidade para 30 animais/dia, podendo chegar a 100. O edital pode ser acessado na página da Seagri, no link  www.seagri.ba.gov.br/edital_concorrencia_001_2013.pdf.

Os frigoríficos serão construídos com planta padrão desenvolvida pela Seagri, através da Agência de Defesa Agropecuária (Adab), que se tornou referência nacional e foi disponibilizada pela Seagri para todas as secretarias estaduais de Agricultura.

O certame para os nove frigoríficos que serão construídos nos municípios de Araci, Barra, Iguaí, Itaberaba, Itanhém, Medeiros Neto, Paramirim, Santa Rita de Cássia e Valente será realizada no próximo dia 19 de julho, na sede da Seagri.

Entre o grupo de quatro frigoríficos com capacidade para abate de 100 animais/dia, o certame da unidade de Morro do Chapéu já aconteceu, no dia 5 de julho. A abertura da licitação dos demais frigoríficos está programada para acontecer nas seguintes datas: unidades de Remanso e Valença, no dia 16 de agosto, e a unidade de Bom Jesus da Lapa, no dia 18 de agosto.

A Bahia possui hoje 33 frigoríficos e mais 20 estão em processo de construção (esses 13 que estão sendo licitados pelo Estado e mais sete da iniciativa privada). Para a construção dos 13 matadouros frigoríficos, serão investidos cerca de R$ 26 milhões, e mais R$ 17 milhões para compra de equipamentos. Os recursos são do governo do Estado e do governo federal, através dos ministérios da Agricultura (Mapa), e Desenvolvimento Agrário (MDA). 

 

Iniciativa é inédita no País

O secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, considera que está é uma ação inédita e pioneira no País. “isso demonstra que o governo está preocupado com a saúde da população, e executa ações com o objetivo de garantir o consumo de carne saudável, combatendo o abate clandestino”, afirma.

Salles lembra que “dizia-se que não era possível construir um abatedouro com menos de R$ 10 milhões. Nós provamos que podemos construir com aproximadamente R$ 3 milhões, e a planta que desenvolvemos tornou-se referência nacional, aprovada pelo Ministério da Agricultura”.

A construção dos novos matadouros frigoríficos é parte do Projeto de Descentralização do Abate no Estado da Bahia, programa criado pela Seagri/Adab com o objetivo de combater o abate clandestino, atender a demanda de municípios que não dispõem de frigoríficos, e oferecer à população carne saudável e de qualidade.

“Estamos criando condições para que o pequeno produtor tenha como e onde abater seus animais, com segurança sanitária, e ao mesmo tempo garantindo a saúde da população e o combate ao abate clandestino”, ressalta Salles. Além de garantir o aumento do abate inspecionado, o projeto fomenta a geração de empregos e renda.

 

Ações do governo estruturam a cadeia da carne 

Buscando soluções para estruturar a cadeia da carne e enfrentar o abate clandestino, a Seagri/Adab desenvolveu a primeira planta padrão para construção de abatedouros frigoróríficos, atendendo a todas as normas e exigências legais do Ministério da Agricultura (MAPA).

Na sequência, a Seagri/Adab lançou o programa de entrepostos frigoríficos, estruturas modulares com capacidade para 30, 50 e 100 carcaças, instaladas junto aos centros comerciais dos municípios Os animais são abatidos em frigoríficos inspecionados. As carcaças saem dos frigoríficos e vão para os entrepostos, dotados de equipamentos em inox, onde os marchantes e açougueiros fazem a desossa, separando os tipos de carne de acordo com os hábitos e costumes de cada região.

Depois de trabalhada no entreposto, a carne é levada para os balcões frigoríficos instalados nos boxes dos centros comerciais, equipados com serrafita e balança, formando um módulo que dá a concepção final à cadeia da carne. Ainda visando apoiar a cadeia, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e a Desenbahia, agência de fomento do Estado, disponibilizam linha de crédito especial para que os açougueiros possam equipar seus boxes com balcões refrigerados.

 

Ascom Seagri

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