O município de Santo Antônio de Jesus sediou hoje o 2º Encontro Regional de Combate ao Abate Clandestino. A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), participa do evento, realizado pelo Ministério Público estadual, por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Consumidor (Ceacon) e Centro de Apoio às Promotorias de Meio Ambiente e Urbanismo (Ceama). Durante o encontro, foram discutidas estratégias para fortalecer a fiscalização e a conscientização pública sobre os riscos do abate clandestino, bem como as medidas necessárias para erradicar essa prática nociva à saúde e ao meio ambiente.

A cerimônia de abertura contou com a participação do diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, acompanhado pelos diretores de Inspeção, José Ramos e de Defesa Animal, Carlos Augusto Spínola, e do médico veterinário da Adab, Antonio Valentim, além do promotor de Justiça e coordenador do Ceacon, Solon Dias, promotores de Justiça Felipe Otaviano Ranauro e Julimar Barreto Ferreira, da secretária municipal de Saúde de Santo Antônio de Jesus, Adriana Castro e do presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Altair Santana.

Em sua palestra, no início da tarde, o diretor geral da Adab falou sobre a importância das ações da Agência para assegurar alimentos de qualidade para a população. Todos os anos 1,5 bilhões de crianças menores de cinco anos apresentam problemas de saúde decorrentes da alimentação. No total são três milhões de mortes, sendo 70% por manipulação incorreta dos alimentos. Nesse contexto as doenças transmitidas por alimentos são uma importante causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Em muitos países, nos últimos 20 anos, o assunto têm emergido como um crescente problema econômico e de saúde pública. “Compete à Adab, em âmbito estadual, oferecer à sociedade um serviço de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal para que a população tenha a devida garantia no consumo ao comprar esses produtos”, explicou o diretor, salientando que o abate clandestino traz prejuízos na saúde e economia locais, prejudicando a cadeia produtiva e pondo em risco a vida de milhares de pessoas.

Dando seguimento à programação, o diretor de Defesa Animal da Adab, Carlos Augusto Spínola falou sobre a importância do Censo Agropecuário. O rebanho bovino na Bahia está estimado em torno de 12,5 milhões de cabeças, sendo o 7º maior rebanho nacional. O de ovinos e caprinos lidera o ranking brasileiro com 4,7 milhões e 3,5 milhões, respectivamente. Os suínos ocupam a 9ª posição nacional com 709 mil cabeças no plantel. Já os 523 mil equídeos colocam a Bahia em 2ª posição no Brasil e o parque avícola baiano é o 8º no país com 160 milhões de animais. “Com essas dimensões, a agropecuária baiana é um componente importante na economia do Estado e faz parte da vida de milhares de pessoas. Por isso a Adab precisa estar atenta ao controle sanitário das cadeias produtivas”, defendeu o diretor.

As “Experiências exitosas no combate aos abates clandestinos para fins de alimentação humana” foi o tema da palestra do diretor de Inspeção, José Ramos, seguido pelo médico veterinário da Adab, Antonio Valentim, que falou sobre o “Calendário vacinal como metas para políticas públicas no combate à disseminação de zoonoses”, encerrando a programação do 2º Encontro Regional de Combate ao Abate Clandestino.

Ascom Adab 24.10.23

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