Como o maior produtor de ovinos do Brasil, a Bahia registra crescente procura pela genética desses animais e, na segunda (6), 25 ovinos saídos do município de Senhor do Bonfim chegaram a Santa Catarina, primeiro estado do país com o status de Livre sem Vacinação contra a Febre Aftosa. Antes do embarque, porém, os animais passaram por exames sorológicos e uma rígida quarentena monitorada pela equipe técnica da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária a Bahia) para assegurar a sanidade dos mesmos, aguardados no destino para serem analisados antes de se juntar ao rebanho catarinense. Foram adotados todos os cuidados para descartar a existência de circulação do vírus da Febre Aftosa no rebanho.
“A preferência pelos animais da Bahia e o trabalho que tem sido feito aqui é um forte indicativo de que estamos nos preparando bem para conquistarmos o status de Zona livre sem vacinação, em 2021”, ressaltou o diretor-geral da agência, Maurício Bacelar.
A procura pelos animais tem aumentado, o que favorece a valorização dos ovinos, seus produtos e subprodutos. “No entanto, são grandes as exigências sanitárias dos mercados importadores, mas a ADAB está atenta e responde com ações e protocolos sanitários para garantir a viabilização de fluxos comerciais, o que gera emprego e renda para o estado”, atesta o fiscal estadual agropecuário Augusto Mesquita, coordenador do programa de Sanidade de Caprinos e Ovinos.
Os exames e a quarentena foram realizados no sertão da Bahia, antes dos animais seguirem com o trânsito interestadual para Santa Catarina. Os ovinos não são vacinados contra a Febre Aftosa mas são considerados “sentinelas”, de reconhecida importância para a vigilância contra o vírus. “Por isso, esse acompanhamento técnico e a procura pelo rebanho da Bahia é determinante para ampliação do status do nosso estado”, arremata Maurício.