Com o objetivo de promover um intercâmbio técnico na prevenção contr a Monilíase do Cacau, fiscais da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, percorreram a Transamazônica, conhecendo maiores produtores de cacau e cupuaçu do Estado do Pará, no final de novembro.

A convite da Agência de Defesa do Pará (Adepará), a Coordenadora do Projeto de Prevenção à Monilíase da Adab, Catarina Sobrinho, participou de seminários para produtores nas cidades de Belterra, Uruará e Medicilândia. Além dos esforços na prevenção da Monilíase as entidades parceiras estão intensificando as ações no contingenciamento e controle da Broca do Fruto do Cupuaçú e Cacau, uma praga que está presente também no estado de Rondônia. “Essa praga já alcançou o status de praga de importância econômica regional, pelos danos causados aos frutos, com até 100% de perda a partir do terceiro ano de ocorrência”, alerta Catarina.

Segundo ela a sensibilização dos produtores quanto à prevenção da Monilíase é de grande importância neste momento, pois o Estado do Pará encontra-se em área classificada como de médio risco para introdução, devido a sua proximidade com os estados que fazem fronteira com países onde a praga já ocorre. “Nesse sentido a capacitação é importante porque cada produtor passa a ser um agente de prevenção, ao aprenderem que não devem transitar com frutos, sementes e mudas de outros países ou regiões do Brasil”, completa a Coordenadora da Adab.

Em Medicilândia, município que apresenta a maior produtividade de cacau por hectare do país (50 a 80@/ha), foram realizadas visitas técnicas a produtores de cacau e cupuaçu, com ênfase na distribuição de sementes de híbridos avaliados quanto à tolerância a vassoura-de-bruxa e produtividade e adaptados às condições da região, aos cultivos a pleno sol e ao beneficiamento das amêndoas de cacau nas propriedades. “A visita a Transamazônia representou mais que um intercâmbio, constituindo-se no firme propósito das Agências de Defesa, unidas, envidarem esforços em prol da prevenção à introdução da Monilíase no Brasil”, finalizou.

Ascom / Adab