O primeiro viveiro de mudas de citros em ambiente telado foi inaugurado no município baiano de Serra do Ramalho na última semana. A medida, estabelecida na Portaria Estadual 243 de 13 de agosto de 2011, da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), visa a proteção da citricultura baiana, minimizando os riscos fitossanitários para a produção de mudas no Estado.
“O ambiente telado protege para as mudas de citros da invasão de insetos vetores, e proporcionam um controle de todo o processo produtivo, desde a origem das sementes e borbulhas, passando pela inocuidade da água e substratos, nutrição equilibrada, até qualificação da mão-de-obra”, esclarece o diretor de defesa sanitária vegetal da Adab, Armando Sá.
A Portaria Estadual 243/2011 da Adab determina ainda a a migração do sistema de produção de mudas a céu-aberto, para ambiente protegido (ou telado), a entrada, o comércio e o trânsito de mudas, porta-enxerto e borbulhas de plantas cítricas no Estado da Bahia.
Há pelo menos uma década, técnicos do serviço de defesa agropecuária e de pesquisa científica vêm alertando o setor produtivo para o risco de ingresso e de disseminação de pragas veiculadas por material propagativo de citros. Muitas discussões, palestras, treinamentos forma realizados, principalmente por conta de cinco ameaças fitossanitárias: O Huanglongbing (HLB, ou Greening), Cancro Cítrico, Morte Súbita e Pinta Preta, ausentes do Território Baiano e, Clorose Variegada dos Citros (CVC, ou ‘Amarelinho’) presente no Estado, mas de ocorrência restrita a algumas regiões.
“Como a migração de um sistema para outro deve ser gradual, a portaria 243/2011 estabelece que a partir de 1º de janeiro de 2013 a produção de porta-enxeto, somente poderá acontecer em ambiente telado. A partir de 1º de janeiro de 2014, toda a produção de mudas deverá ser realizada em viveiro telado”, explica a coordenadora do Programa de Citros, Suely Brito.
Ascom / Adab